XANGÔ - A FORÇA E EQUILÍBRIO

XANGÔ - A FORÇA E EQUILÍBRIO

sábado, 28 de dezembro de 2013

A Providência Divina

LUZ DIVINA

Para a Providência Divina não existe contestação. 

Deus em sua magnitude colocou a disposição do homem tudo que lhe seria útil na vida terrena.

Sabemos muito bem qual a nossa destinação no orbe terrestre, mas pela nossa materialidade, fortalecida pelo orgulho, pela inveja, nos tornamos imperfeitos.

É vero que a Providência Divina se manifesta a qualquer momento ou em qualquer lugar e jamais poderemos contestar esta teoria.

Deus quando criou o homem, o fez a sua imagem e semelhança, dando-lhe a inteligência, o instinto e o livre-arbítrio.

Temos nossa opinião própria sobre ou a respeito desta frase, que teria sido atribuída ao Pai Maior, Deus.

A reencarnação será o fenômeno pela qual o ser humano alcançará sua evolução, pois vivendo num mundo de provas e expiações, ele estará sujeito às normas e procedimentos que venham melhorar sua condição de ser humano a cata da evolução.

Também é vero que o hominal durante a desencarnação passará um período na erraticidade.

Esta palavra quer dizer o espaço entre uma reencarnação e outra.

Nesse período poderá passar pelo o umbral dependendo do que fez aqui na Terra e a posterióri para uma colônia de tratamento.

O que seria de nós se nossos guias e amigos espirituais não agissem em nossa proteção.

Todos nós temos nossos guias espirituais.

O de Allan Kardec era Zéfiro, o de Francisco de Paula Cândido Xavier, o espírito Emmanuel e o de Divaldo Franco, Joanna de Ângelis.

Christiano Torchi é advogado, escritor espírita e dedicado trabalhador da causa espírita em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, está no prelo um livro de sua autoria cujo título ainda é provisório – Introdução ao Conhecimento da Doutrina Espírita.

O nosso confrade fala com muita propriedade sobre os Espíritos familiares, os simpáticos e os protetores com os quais Allan Kardec conseguiu compilar o Livro dos Espíritos em 1857, na França.

Temos também o nosso anjo da guarda ou anjo guardião um Espírito bastante evoluído que nos protege no dia a dia, mas não interfere no nosso livre-arbítrio.

O seu tratamento para com o seu protegido é muito parecido com o papel do pai para com o filho.

Não irei aqui neste pequeno comentário levar em evidência as colocações do confrade Cristiano Torchi, mas concordar em parte com os aspectos por ele comentados.

O Espírito pode ser privilegiado dependente exclusivamente de suas atividades no mundo material e espiritual.

Por isso, sempre será de bom alvitre que tenhamos uma vida regrada e voltada para o bem.

É difícil? Sim.

Na vida nada se consegue com facilidade e o merecimento é ponto primordial para isso.

O Evangelho Segundo o Espiritismo reza que todos nós temos um Bom Espírito, ligado a nós desde o nascimento, que nos tomou sob a sua proteção.

Cumpre junto a nós a missão de um pai junto ao filho: a de nos conduzir no caminho do bem e do progresso, através das provas da vida.

Ele se sente feliz quando correspondemos à sua solicitude, e sofre quando nos vês sucumbir.

Seu nome pouco importa, pois que ele pode não ter nenhum nome conhecido na Terra.

Invocamo-lo, então, como o nosso Anjo Guardião, o nosso Bom Gênio.

Podemos nomeá-lo com o nome de um Espírito Superior, pelo qual sintamos uma simpatia especial.

Temos um adendo a colocar no posicionamento do escritor epigrafado, visto que nem todo Espírito Protetor é considerado Puro, pois o único Espírito Puro que pisou o orbe terrestre foi Jesus Cristo, mas se eles forem superiores aí sim estaremos mais firmes em nossas posições.

A felicidade do Espírito protetor está nas mesmas proporções do seu protegido aqui na Terra.

“É bom que se frise que quando falamos em Espíritos protetores que se informe o que se segue:”

Além do nosso Anjo guardião, que é sempre um Espírito Superior, temos os Espíritos Protetores, que, por serem menos elevados, não são ‘os piores’ e generosos.

São Espíritos de parentes ou amigos, e algumas vezes de pessoas que nem sequer conhecemos na atual existência.

Eles nos ajudam com os seus conselhos, e frequentemente com a sua intervenção nos acontecimentos de nossa vida.

Os Espíritos simpáticos são os que se ligam a nós por alguma semelhança de gostos e tendências.

Podem ser bons ou maus, segundo a natureza das inclinações que os atraem para nós.

Os Espíritos sedutores ou perturbadores esforçam-se para nos desviar do caminho do bem, sugerindo-nos maus pensamentos.

Normalmente, foram extremamente materialistas na vida terrena.

Esse tipo de Espírito aproveita-se de todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas abertas, que lhes dão acesso à nossa alma.

Há aqueles que se agarra a nós como a uma presa, mas afastam-se quando reconhecem a sua impotência para lutar contra a nossa vontade.

Muitos deles estão entre nós convictos que ainda pertencem ao nosso mundo.

Por isso, resolvemos fazer uma breve observação sobre o posicionamento do confrade quando falou em Espírito Puro como nosso guia protetor.

Somos tão imperfeitos para ter essa primazia.

Precisamos orar muito e pedir a Jesus que nos proteja sempre.

Vocês podem até pedir consolo ou nomeá-lo como seu Espírito Protetor, mas somos muito imperfeitos para tal.

Sobre os Espíritos familiares já nos referimos acima.

Na questão 491 do Livro dos Espíritos Kardec indaga aos Espíritos:

Qual a missão do Espírito protetor?

Eles respondem: — A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições e sustentar sua coragem nas provas da vida.

Para ficar mais entendido temos que informar o que está implícito no Livro dos Espíritos nas questões:

492. O Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde o seu nascimento?

— Desde o nascimento até a morte, e freqüentemente o segue depois da morte, na vida espírita, e mesmo através de numerosas experiências corpóreas porque essas existências não são mais do que fases bem curtas da vida do Espírito.

493. A missão do Espírito protetor é voluntária ou obrigatória?

— O Espírito é obrigado a velar por vós porque aceitou essa tarefa, mas pode escolher os seres que lhe são simpáticos.

Para uns, isso é um prazer; para outros, uma missão ou um dever.

(493 – a) Ligando-se a uma pessoa, o Espírito renuncia a proteger outros indivíduos?

— Não, mas o faz de maneira mais geral.

494. O Espírito protetor está fatalmente ligado ao ser que foi confiado à sua guarda?

— Acontece freqüentemente que certos Espíritos deixam sua posição pura cumprir diversas missões, mas nesse caso são substituídos.

495. O Espírito protetor abandona, às vezes, o protegido, quando este se mostra rebelde às suas advertências?

— Afasta-se quando vê que os seus conselhos são inúteis e que é mais forte a vontade do protegido em submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir.

É o homem quem lhe fecha os ouvidos.

Ele volta, logo que chamado.

Como dissemos anteriormente eles não interferem no livre-arbítrio dos encarnados.

Para os Espíritos simpáticos temos que concordar com que o Livro dos espíritos especifica nos questionamentos sobre Espíritos simpáticos.

387. A simpatia tem sempre por motivo um conhecimento anterior?

— Não; dois espíritos que tenham afinidades procuram-se naturalmente, sem que se hajam conhecido como encarnados.

388. Os encontros que se dão algumas vezes entre certas pessoas, e que se atribuem ao acaso, não serão os efeitos de uma espécie de relações simpáticas?

— Há, entre os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis.

O magnetismo é a bússola dessa ciência, que um dia compreendereis melhor.

389. De onde vem a atração instintiva que se experimenta por certas pessoas, à primeira vista?

— Espíritos simpáticos, que se percebem e se reconhecem, muito antes de se falarem. » (in ‘O livro dos Espíritos’, Cap.7) Simpática esta ideia dos Espíritos Simpáticos.

E talvez explique algumas “coincidências” que todos nós experimentamos às vezes.

Queremos dizer que não somos donos da verdade, mas temos que afirmar que o irmão Christiani Torchise expressou muito bem, mas com pequenos senões.

Para encerrar queremos dizer que os espíritos infelizes segundo o grande Leon Denis a nossa indiferença para com as manifestações espíritas não nos privaria somente do conhecimento do futuro de além-túmulo, pois nos desviaria também da possibilidade de agir sobre os Espíritos infelizes, de amenizar-lhes a sorte, tornando-lhes mais fácil a reparação de suas faltas.

Os Espíritos atrasados, tendo mais afinidade com os homens do que com os Espíritos puros, em virtude de sua constituição fluídica ainda grosseira, são, por isso mesmo, mais acessível à nossa influência.

Entrando em comunicação com eles, podemos preencher uma generosa missão, instruí-los, moralizá-los e, ao mesmo tempo, melhorarmos, sanearmos o meio fluídico em que todos vivem.

Os Espíritos sofredores ouvem o nosso apelo e as nossas evocações.

Os nossos pensamentos, simpáticos, envolvendo-os como uma corrente elétrica e atraindo-os a nós, permitem que conversemos com eles por meio dos médiuns.

O mesmo dá-se com as almas que deixam este mundo.

As nossas evocações despertam a atenções dos Espíritos e facultam-lhe o desapego corpóreo; as nossas preces ardentes são como um jato luminoso que os esclarece e vivifica.

É-lhes agradável perceber que não estão abandonados a si próprios na Imensidade, que há ainda na Terra seres que se interessam pela sua sorte e desejam a sua felicidade.

E, quando mesmo esta não possa ser alcançada por preces, contudo elas não deixam de ser salutares, arrancando-os ao desespero, dando-lhes as forças fluídicas necessárias para lutarem contra as influências perniciosas e ajudando-os a subirem mais alto.

Não devemos, entretanto, esquecer que as relações com os Espíritos inferiores exigem certa segurança de vistas, de tato e de energia; daí os bons efeitos que se podem esperar.

É preciso uma verdadeira superioridade moral para dominar tais Espíritos, para reprimir os seus desmandos e dirigi-los ao caminho reto; e essa superioridade não se adquire senão por uma vida isenta de paixões materiais, pois, em tal caso, os fluídos depurados do evocador atuam eficazmente sobre os fluídos dos Espíritos atrasados.

Além disso, é necessário um conhecimento prático do mundo invisível para nos podermos guiar com segurança no meio das contradições e dos erros que pululam nas comunicações dos Espíritos levianos.

Em conseqüência da sua natureza imperfeita, eles só possuem conhecimentos muito restritos; vêem e julgam as coisas diferentemente; muitos conservam as opiniões e os preconceitos da vida terrena.

O critério e a clarividência tornam-se, portanto, indispensáveis a quem se dirigir nesse Dédalo.

O estudo dos fenômenos espíritas e as relações com o mundo Invisível apresentam muitas dificuldades e, mesmo, perigos ao homem Ignorante e frívolo, que pouco se tenha preocupado com o lado moral da questão.

Aquele que, descuidando-se de estudar a ciência e a filosofia dos Espíritos, penetra bruscamente no domínio do Invisível, entregando-se, sem reserva, às suas manifestações, desde logo se acha em contacto com milhares de seres cujos atos e palavras ele não tem meio algum de aferir.

Sua ignorância entregá-lo-á desarmado à Influência deles, pois a sua vontade vacilante, Indecisa, não poderá resistir às sugestões de que se fez alvo.

Fraco, apaixonado, sua imperfeição faz com que atraia Espíritos Iguais a si, que o assediam sem o menor escrúpulo de enganar.

Nada sabendo sobre as leis morais, insulado no seio de um mundo onde a alucinação e a realidade confundem-se, terá tudo a temer: a mentira, a Ironia, a obsessão.

A princípio, foi considerável a parte que os Espíritos inferiores tomaram nas manifestações, e isso tinha sua razão de ser.

Em um meio material como o nosso só as manifestações ruidosas, os fenômenos de ordem física poderiam impressionar os homens e arrancá-los à Indiferença por tudo que não diga respeito aos seus interesses imediatos.

É isso que justifica o predomínio das mesas giratórias, das pancadas, das pedradas, etc.

Esses fenômenos vulgares, produzidos por Espíritos submetidos à Influência da matéria, eram apropriados às exigências da causa e ao estado mental daqueles de quem se queria despertar a atenção.

Não se os deverá atribuir aos Espíritos superiores, pois estes só se manifestaram ulteriormente e por processos menos grosseiros, sobretudo com o auxílio de médiuns escreventes, auditivos e sonambúlicos.

Depois dos fatos materiais, que se dirigiam aos sentidos, os Espíritos têm falado à inteligência, aos sentimentos e à razão.

Esse aperfeiçoamento gradual dos meios de comunicação mostra-nos os grandes recursos de que dispõem os poderes invisíveis, as combinações profundas e variadas que sabem pôr em jogo para estimular o homem no caminho do progresso e no conhecimento dos seus destinos.

O bom da Doutrina é que nós jamais seremos donos da verdade e aquilo que o nosso coração bate com mais certeza, talvez seja o caminho para nossa felicidade.

Queremos mais uma vez agradecer a nossa irmã Zuleika Araripe que nos pediu a opinião sobre a matéria do nosso confrade acima mencionado sobre os amigos espirituais.

A matéria de Christiano Torchi está publicada no Reformador nº. 2.163 Junho 2009 página 18.

Todos os espíritas ou espiritistas ou espiritualista podem traduzir conforme seu pensamento, pois o Espiritismo nada proíbe, mas temos o dever de não nos afastarmos dos ensinamentos do Livro dos Espíritos de Allan Kardec.

Diante de tais especulações encontramos irmãos de ideal espírita que pendem para o lado de Ramatís, Roustaing, Herculano Pires, Pietro Ubaldi e assim vai.

O mais importante de tudo é que não devemos desprezar o amor ao próximo, o perdão e se inserir na fraternidade, na caridade e nos bons princípios.

Jesus Cristo e o Pai Maior acima de tudo.

Saravá.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Livrando-se dos Encostos

encosto


Por vezes, o pior "encosto" é o encarnado que está ao nosso lado, ao qual não nos afastamos por interesses egoísticos os mais diversos. 

Esquecemos facilmente que somos os únicos  responsáveis pela nossa felicidade ou infelicidade, aqui com os "vivos" ou do lado de lá com os "mortos". Um dia responderemos a um juiz implacável - nossa consciência imortal.



Muitas criaturas frequentam os centros espíritas apenas para se livrarem do "encosto" de espíritos atrasados, que lhes tolhem a liberdade de ação e as impedem até de gozar os prazeres mais comuns. 

Elas se queixam de perseguições invisíveis de "velhos adversários" do passado, mas ignoram que, às vezes, se trata de uma providência salutar adotada pelos seus próprios guias, no sentido de preservá-las de maiores prejuízos. 

Os espíritos inferiores em serviço voluntário e sob o comando dos seus mentores, praticam os seus "encostos" aplicando fluidos opressivos ou incômodos, que funcionam à guisa de um "freio moderador" sobre os encarnados. 

Não se trata de qualquer processo obsessivo, mas apenas de uma interferência compulsória sobre os homens imprudentes, que tem como objetivo reduzir suas atividades nocivas.

Subjugados pela carga dos fluidos entorpecentes dos espíritos inferiores, as criaturas deixam de comparecer a aventura extraconjugal censurável, faltam à jogatina viciosa e evitam os ambientes prostituídos onde domina o tóxico alcoólico. 

Elas sentem-se desanimadas, febris e buscam o leito de repouso, completamente indispostas ou impossibilitadas para acompanhar as libações dos companheiros. 

É óbvio que nem sempre o "encosto" é recurso providenciado pelos guias em favor dos seus tutelados, pois também pode ser fruto do processo obsessivo comandado pelos espíritos "das sombras". 

Mas, em ambos os casos, os fluidos incômodos ou agressivos desaparecem na sua ação indesejável, assim que as vítimas acertam sua "bússola espiritual" a objetivos sadios e benfeitores.

Também não importa o prestígio, a responsabilidade ou a cultura do homem do mundo, pois tanto enferma entre lençóis confortáveis o rico e feliz, quanto o pobre, entre os trapos da cama tosca. 

Até os anjos podem usar de métodos ríspidos, mas de proveito espiritual, assim como os pais severos, ante o filho rebelde que não atende aos seus conselhos, resolvem, adotar providências mais rigorosas e eficazes. 

Esses recursos drásticos e violentos, embora criticáveis em sua aparência, muitas vezes evitam que os encarnados ingressem na senda criminosa que poderia atirá-los no cárcere, impede-os da aventura que lhes macularia o nome benquisto, evita-lhes a união ilícita com a mulher prostituta ou afasta-os do negócio desonesto e de agravo contra terceiros.

O saneamento, portanto, não se refere propriamente ao corpo transitório, mas em particular, ao espírito eterno, isto é, ao cidadão sideral. 

Atinge o homem rico, formoso e culto, assim como a criatura ignorante e coberta de andrajos.

Saravá.

Dia de Iansã - Dia de Santa Bárbara - 04 de Dezembro

DONA DOS VENTOS


Mitos, Lendas, Associações e Principais Características


Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos, Senhora dos Raios e das Tempestades.

Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C..

Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi (mãe de Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó.

Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas.
Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo.

Oyá recebeu, de Olorun, a missão de transformar e renovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma reciclagem natural. 

Normalmente, Oyá sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendo voar as sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida. Além disso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação de todas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. 

Esse fenômeno é vital para a renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra.

Divindade eólica, sopram os ventos que afastam as nuvens, para a passagem dos raios desferidos por Xangô. E é o raio que abre os reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum em todas as mitologias.

Apesar de dominar o vento, Oyá originou-se na água, assim como as outras yabas, que possuem o poder da procriação e da fertilidade. Está relacionada com o número 9, indicativo principal do seu odú.

Oyá está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (eguns).

Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger. É a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos).

Oyá tem ligações com o mundo subterrâneo, onde habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre as individuações da multifacetária Iansã, uma delas é como Deusa dos Cemitérios.

Impetuosa, guerreira e de forte personalidade, é reverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oyà.

Oyá, em tempos remotos, era patrona (ou matrona) de uma sociedade secreta feminina, que cultuava os ancestrais (pessoas já desencarnadas pertencentes à religião), que denominamos Egum. 

Foi o orixá Ogum que conseguiu acabar com a primazia das mulheres nesse culto, que passou a ser exclusivamente masculino. Mas, apesar disto, Oyá ainda é reverenciada nessa sociedade.

Oyá, segundo a mitologia, é um orixá muito forte, enfrentando a tudo e a todos por seus ideais. Não aceita a submissão ou qualquer tipo de prisão.

Faz parte de sua indumentária a espada curva (alfanje), o erukere, que usava para sua defesa, além de muitos braceletes e objetos de cobre.

Sua dança é muito expansiva, ocupando grande espaço e chamando muita atenção.

Duas espadas e um par de chifres de búfalo representam a imagem de Oyà.

Suas contas são amarelas ou vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta africana, oriunda de lava vulcânica).

Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um alfanje, adaga, eruesin [eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravados em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").

Com Oxalá aprendeu sobre o uso do raciocínio e o dom da paciência. Por isso ela não desiste facilmente de seus objetivos, sabendo esperar o momento certo para conquistá-los.

Oyá é puro movimento. Não pode ficar parada, para não extinguir sua energia. O vento nunca morre, ele está sempre percorrendo novos espaços.

Arquétipo

Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.

Costumam ver guerra em tudo, sendo, portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, que enfrentam a guerra do dia-a-dia. 

Os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas, sendo menos sistemáticos, portanto, que os filhos de Ogum.

São quase que invariavelmente de Iansã, os personagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer como dos riscos. São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. 

Faz parte dos filhos de Iansã a maior arte dos militantes políticos não cerebrais por excelência. Ao mesmo tempo, quando rompem com uma ideologia e abraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando a experiência anterior de forma dramática e exagerada, mal reconhecendo em si mesmos, as pessoas que lutavam por idéias tão diferentes. 

Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.

Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.

O temperamento dos que têm Oyá como Orixá de cabeça, costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que, para outras pessoas não mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande dispêndio de energia.

São do tipo Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.

Como esse arquétipo que gera muitos fatos, é comum que pessoas de Iansã surjam freqüentemente nos noticiários. 

Ao mesmo tempo, é um caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumam fascinar (senão aterrorizar) os que os cercam e os grandes interessados no comportamento humano.

Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas só detidamente. A longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões. 

Eles têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. São muito ciumentos, possessivo, muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. 

Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.

Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vê sua vida amorosa; outros detalhes podem também contaminar os aspectos profissionais.

Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto. 

Também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.

Resumo:

Sincretismo: Santa Bárbara

Suas cores: amarelo, vermelho e coral

Saudação : Eparrei!

Seu dia: Quarta-feira e Sábado (como toda as Iabás)

Frutas e verduras: manga rosa, uva vermelha, maçã, cenoura, quiabo.

O que Rege: dá coragem e impulsividade; protege contra desastres e acidentes.

Plantas: espada de Iansã (borda amarela) e bambu.

Elemento: fogo e ar

Festa: 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, com quem está sincretizada.

Pedras: rubi, coral, granada.

Saravá.

domingo, 24 de novembro de 2013

Melhorando Nossos Atendimentos Mediúnicos

vigilância

Pequenas sugestões para melhorar nossos atendimentos mediúnicos:

Ter a oportunidade de conversar com uma entidade incorporada em um médium comprometido com a espiritualidade é um privilégio para o consulente, para o médium e até mesmo para o próprio guia.

Independentemente da condição em que nos encontramos todos, sem exceção, estamos em evolução e o que diferencia a evolução de cada um são nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, enfim, as atitudes e posturas do nosso cotidiano.

Quando vamos ao terreiro sempre vamos em busca de algo e muitas vezes esquecemos que esse algo não vai vir de fora, não vai cair do céu. Com certeza vai depender do nosso merecimento e do nosso trabalho. Outra coisa comum de se esquecer é que nenhuma situação se forma da noite para o dia.

São longos períodos sem ação e sem reflexão que exigem persistência e equilíbrio para superação das condições adversas. Dificilmente uma situação que demorou muito tempo para se formar se resolverá numa única consulta mediúnica.

Dependendo da ótica que você lê esse texto pode ficar a impressão de passividade e de que sempre estamos errados. Que temos que ter paciência, que temos que ser resignados.

Sim, temos que trabalhar tudo isso, mas se você, assim como eu, prefere ter uma atitude mais participativa, mais ativa, podemos pensar em algumas idéias para melhorar nossos atendimentos com os guias espirituais.

Algumas sugestões:


1) Organize seus pensamentos – Antes mesmo de chegar ao terreiro vá pensando nas suas prioridades. Durante a abertura dos trabalhos concentre-se e reflita (obviamente em silêncio) sobre o que você almeja e o que realmente você foi fazer lá.

Na frente do guia sabemos que muitas vezes dá o “branco” e nem sabemos direito o que falar, mas se já é difícil pra gente imagina para o guia entender o que passa dentro da nossa cabeça tendo ainda o médium como intermediário. Não duvido da capacidade da entidade, porém se podemos facilitar pra quê complicar? Uma boa consulta não é aquela que demora horas e sim aquela que é objetiva.

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2) Carregue somente sua cruz – Estamos sempre pensando nos outros, nos nossos familiares, amigos ou mesmo inimigos.
Concentre-se em você. Não, isso não é egoísmo, é um caminho para solução dos problemas, primeiro porque você não interfere no livre arbítrio de terceiros e segundo porque é você quem está lá e não os outros. Sei que pode parecer cruel “deixar de pensar nas pessoas”, mas não dá para tirar os outros do buraco se você ainda estiver dentro dele.

O máximo que vai acontecer é os outros subirem sobre você para tentarem sair do buraco. De forma prática, acenda somente suas velas, prepare somente seus banhos, faça somente suas orações e trabalhe seu
íntimo. Nem precisa dizer que trocar informações sobre sua consulta com o próximo é tão idiota quanto usar a receita médica de outro paciente para curar a sua doença.

Não sejamos hipócritas, se um quinto das pessoas realmente pensasse e agisse em prol do próximo nossa a sociedade seria outra.

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3) Vista-se adequadamente – Grande parte da população normal usa trajes de acordo com a situação ou ocasião. No matrimônio utilizam-se roupas de casamento, para nadar utilizam-se trajes de banho e é assim para o trabalho, para dormir, para passear no parque ou praticar esportes.

Seguindo o mesmo raciocínio seria natural ir ao templo religioso com roupas adequadas para isso, ou seja, claras e sem decotes. Sim, vivemos num país predominantemente tropical e o calor beira ao absurdo, mas nada impede você de levar uma camiseta branca na sua bolsa ou mala e vesti-la instantes antes do atendimento.

Não fique preocupado se essa camiseta extra combina com o restante de seu traje, o atendimento é para o espírito e não para a etiqueta da vestimenta. Terreiro não é passarela ou lugar de “azaração”.

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4) Não seja curioso – Durante o atendimento procure prestar o máximo de atenção no que está sendo dito para você.

Não tente escutar conversas de outras consultas e nem fique olhando para o que acontece do lado, mesmo que seja um descarrego daqueles “bem barulhentos”.

Quanto mais atenção você prestar no guia que está falando com você mais rápida e eficiente será sua consulta, você terá menos dúvidas e, de quebra, você não leva pra casa carga dos outros consulentes devido ao merecimento por ser xereta.

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5) Não fique de “mulecagem” – se você não puder fazer os banhos, defumações, oferendas e tudo mais, diga logo ao guia.

Ele não vai te bater e nem ficar ofendido. Juntos vocês vão buscar outras alternativas viáveis. Agora se você se comprometeu a fazer o que lhe foi proposto então FAÇA e FAÇA DIREITO.

Tudo que lhe é passado para fazer em um atendimento tem um propósito, um objetivo e muito provavelmente tem prazo de validade.

Não dá para fazer neste carnaval o que foi pedido na Páscoa do ano passado. Ah, e tem outra… não fazer e falar que fez é tão infantil quanto dizer que estudou pra prova e na hora H ganhar aquele zero. Mais cedo ou mais tarde a verdade aparece e quem sofre as maiores consequências é você e as pessoas que gostam realmente de você.


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6) Vibre sempre energias positivas – O número da sua ficha de atendimento é 80 e ainda estão chamando o número 10? Parabéns! Isso significa que você terá mais tempo para refletir e pensar em como melhorar sua vida rezando num templo religioso!

Reclamar, ficar levantando para fazer nada, cochichar e falar
sobre futilidades é um grande favor que você faz ao baixo astral.

Sim, toda energia trabalhada tem que fluir para algum lugar e graças à lei da afinidade você pode entrar no terreiro com um probleminha e sair com 80 novos problemões. Seja esperto, vibre sempre energias positivas, em silêncio e no seu quadrado.

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7) Sua consulta terminou?
Vá embora – Encontros sociais, conversas com parentes, discussões sobre política, religião e futebol ou mesmo matar saudade de conhecidos são coisas para serem feitas em lugares mais apropriados como uma lanchonete, um churrasco de domingo ou mesmo lá na padaria ou no café do supermercado 24 horas.

O baixo astral é persistente e age sempre na sutileza, portanto, quanto menos brechas você der melhor será pra você e para os guias que se esforçaram bastante para buscar soluções no seu atendimento. Faça por merecer!

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8) Procure saber mais a respeito – Há quanto tempo você é assistido num terreiro? Muito? Parabéns de novo!
Ou você está com medo de responsabilidade ou então está acomodado demais esperando os “banhos da semana”.

Procure cursos, participe dos grupos de estudos, leia um bom livro, vá estudar! Entendendo mais sobre o assunto aumentam as chances de você fazer mais e melhor. Os problemas
não vão acabar mas quanto mais desafios você superar nesta vida mais pleno ficará seu espírito e maior será sua contribuição para a evolução dos ser.

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9) Contribua materialmente com seu terreiro – Todo terreiro usa velas, pembas, ervas e artigos de charutaria. Todo estabelecimento consome água e utiliza energia elétrica. Todo local com muita gente precisa ser limpo também na matéria e para isso são utilizados vassouras, panos e produtos de limpeza.

O trabalho espiritual acontece num local físico que precisa ser mantido em ordem para a boa continuidade dos trabalhos. Converse com os responsáveis pelo seu terreiro e veja como você pode contribuir mesmo que esporadicamente.

Ao ver uma caixa de doações não finja que não viu. Não importa o valor e sim sua boa vontade e compreensão de que o trabalho espiritual é grandioso e deve alcançar seu irmão, o seu próximo.

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10) Não visite – Se você está procurando um terreiro por curiosidade, pra ver como é ou pra ver “se é bom”, por favor, não perca seu tempo. O trabalho espiritual é voltado para quem realmente precisa, tem fé, acredita, trabalha, tem paciência e a compreensão de que tudo que acontece na vida é por puro merecimento.

Quer resultados rápidos, amarrações e garantias? Procure por telefones nos postes da sua cidade, com certeza tem alguém vendendo o que você procura … só não vá falar que isso é
Umbanda ou trabalho religioso porque respeito é o mínimo que um ser humano deve ter.

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11) Confie em você mesmo e tenha fé – ninguém é obrigado a ficar em um terreiro onde não se sinta bem, mas ficar indo em vários terreiros ao mesmo tempo é igual a iniciar o tratamento de uma doença em diversos médicos simultaneamente: além de gastar tempo e dinheiro seu corpo sofre com medicamentos diferentes.

Terreiro não é hotel cuja classificação se faz por estrelas. É preciso ter fé, acreditar, ser racional e paciente, portanto confie na sua escolha, analise e seja crítico consigo mesmo para não perder o seu tempo, o tempo dos médiuns e o tempo dos guias.

Ir em 7 terreiros diferentes na mesma semana significa que você, no mínimo, ocupou o lugar de outros 6 irmãos que precisam de consulta. Não seja egoísta.

Precisamos sair da passividade e assumir uma postura mais centrada e inteligente para fazer da nossa Umbanda uma religião de respeito.


Clareza e verdade é bom pra todo mundo e disciplina, ao contrário do que muita gente pensa, não é escravidão, é liberdade!


Saravá.

A Defumação na Umbanda

defumação

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. 

É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho. 

Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação. 


Histórico Sobre a Defumação: 

Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. 

Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, também nos usamos desse expediente, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade. 

Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito” 

A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção nos rituais. 
Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos. 

Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos. 

Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos. 
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos. 

Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar. 

Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades. 

O Que é a Defumação? 

Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. 

Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc. 

Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. 

Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. 

Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia. 

Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades)

Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos. 

Existem dois tipos de defumação; 

a defumação de descarrego e defumação lustral. 


Defumação de descarrego 

Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos. 

Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos atrasados, que penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos. 

Para afastar definitivamente estas entidades do nosso convívio, teremos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estes seres. 

A defumação serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as pessoas que nele habitam. 

Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal. 

E por esse motivo, Deus entregou a Ossãe as ervas que, seriam usadas para destruir tais fluídos e afastar estes espíritos. 

Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua. 


Defumação Lustral 

Além de afastar alguns resquícios que por ventura tenham ficado depois da defumação de descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos. 
Acenda uma vela para o seu anjo de guarda. Levando um copo com água, comece a defumar sua casa ou o seu local de trabalho, da porta da rua para dentro. 
Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois do descarrego. 


Incenso e “incenso” 

Existe uma resina chamada incenso e os “incensos” em varetas. 

O Incenso é uma resina gomosa que brota na forma de gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e na África. Durante o tempo de calor e seca são feitas incisões sobre o tronco e ramos, dos quais brota continuamente a resina, que se solidifica lentamente com o ar. 

A primeira exsudação para nada serve e é, pois, eliminada; a segunda é considerada como material deteriorável; a terceira, pois, é a que produz o incenso bom e verdadeiro, do qual são selecionadas três variedades, uma de cor âmbar, uma clara e a outra branca. 


Como defumar e descarregar sua residência e o seu local de trabalho. 

Às vezes sentimos que o nosso lar ou nosso local de trabalho, estão pesados, inúmeras brigas e discussões acontecem a toda hora, nada dá certo, uma impaciência toma conta, do nosso ser. O ar está carregado com partículas de fluídos negativos que aos poucos vai envolvendo cada um, e tornando as coisas mais difíceis. 

Temos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estas energias. 

O descarrego destrói as larvas astrais, limpando o ambiente das impurezas, facilitando assim a penetração de fluídos positivos. 

Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua, que ao final deve ser despachado em água corrente. 

Podem-se usar as ervas em sua forma natural, em pó ou em pequenos pedaços moídos, em forma de casca miúda, etc. Para se queimar essas ervas, usa-se normalmente um recipiente chamado turíbulo. 

Turíbulos 

São recipientes de metal ou barro usados para queimar o incenso. 
Na Umbanda, usam-se nas giras ou sessões públicas, o turíbulo. Para queimar as ervas usam-se normalmente o carvão vegetal. Lembrando sempre que o carvão vegetal deve estar em brasa e nunca em chamas. 

A quantidade de incenso que queira queimar deve ser proporcional ao tamanho da sala e ao número de pessoas presentes. Para isso somente através da experimentação descobriremos a quantidade certa. No caso da defumação, é melhor pecar pela escassez, pois assim poderemos ir adicionando um pouco mais conforme a fumaça for diminuindo, do que acrescentar e sufocar pelo excesso (e isso pode ser até perigoso 


A base são os seguintes elementos

Alecrim Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. 
Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos. 

Alfazema Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência 

Benjoim Elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus. 

Mirra Facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles. Também é usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. Faz vibrar a compaixão 

Incenso Limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos. 

as vezes pode se acrescentar uma ou mais das ervas abaixo: 

Louro, Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo. 

Anis Estrelado Propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal. 

Palha de Alho Usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações, Afasta maus espíritos. 

CONSELHOS ESPARSOS SOBRE DEFUMAÇÃO 

Com fumo nunca se faz defumação. 

Somente as Entidades (caboclos, Pretos Velhos etc.) é que podem defumar com fumo em rama, pois eles é que sabem o que fazem. 

MIRRA é um perfume para a Linha das Almas,  só usá-lo por ordem de uma Entidade de confiança, assim também a ASSA-FÉTIDA E RASPA DE VEADO 

incenso é um perfume sintético, este pode ser usado sozinho 

BENJOIM, também não deve ser usado sozinho,e sim sempre de mistura com Incenso,Alfazema,Alecrim e Anis Estrelado 

Alecrim incenso queimado sozinho servirá para atrair homens e afastar mulheres 

Alfazema é o contrário, atrai mulheres e afasta homens. 

Sempre que quiser fazer uma defumação no terreiro ou em casa ou em uma pessoa, faça-a acompanhada de uma prece ou um ponto cantado, pois sem isso nenhum valor terá de positivo. 
Estas coisas devem ser feitas com muita confiança e respeito e com os sentimentos bastante elevados.


Se não puder acender um defumador em casa acenda um incenso e faça uma oração, conecte-se com Deus!!!

Saravá.

sábado, 23 de novembro de 2013

MÃOS QUE CURAM

energia


As mãos e os pés são nossos maiores instrumentos de contato com a força vital que anima o Universo. É justamente através destas partes do corpo que conseguimos receber e eliminar energias. São espécies de condutores que alimentam nosso corpo físico e astral.

Reparem que quando esfregamos as palmas das mãos sentimos elas se aquecerem e através desta fricção vigorosa acumulamos mais energia. É instintivo: quando você se machuca, você automaticamente coloca a mão e aperta o local machucado como uma tentativa de parar a dor.

E, realmente, a dor diminui. Daí, o passe magnético e outras terapias que utilizam as mãos para reequilibrar o ser humano e ajudar na cura de muitas doenças.
Já é fato que o corpo físico adoece depois que a energia vital fica reduzida.

Esta diminuição de força se dá pelos mais diversos fatores, como angústia, raiva, inveja, remorso, ódio e uma série de sentimentos que ampliam a energia negativa. A pessoa triste e deprimida está mais suscetível de adoecer do que uma alegre e feliz.

Este instrumental natural, que é a energia emitida pelas mãos, é utilizado na tentativa de reequilibrar o campo energético e favorecer a cura de doenças físicas e emocionais.O mesmo acontece com os chamados passes magnéticos utilizados pelos espiritualistas.

Normalmente eles banham as mãos em soluções de água com sal grosso, para a limpeza energética, e depois fazem movimentos de limpeza e muitas vezes sem mesmo tocar a pessoa que recebe o passe. A falta do contato físico se explica porque a energia emitida pelas mãos tentam reequilibrar o campo magnético da pessoa, que pôr sua vez, fortalecido, irá ajudar nos processos de cura do corpo físico.

Na umbanda usa-se também os passes magnéticos em sessões de descarrego, eliminando energias ruins e carregadas que acabam com o tempo adoecendo as pessoas.

Em quase todas as religiões, o restabelecimento da energia através das mãos é um dos principais instrumentos de cura. Experimente quando estiver tenso ou sem energia, fazer uma fricção vigorosa das mãos e ir passando da cabeça aos pés como se estivesse limpando seu corpo.

Comece pela cabeça, desça para os ombros, braços, tórax, pernas, sempre no sentido de cima para baixo. Simultaneamente respire forte e expire com a mesma intensidade. Seu corpo ganhará mais vigor e o cansaço acabará se reduzindo.


SALVAÇÃO

A CURA ATRAVÉS DAS MÃOS

Polaridade

O equilíbrio de polaridade energética é um método simples e eficiente usado para causar um profundo relaxamento curador. Empregando as correntes de força vital que naturalmente flui através das mãos de todos, podemos aliviar e equilibrar a energia de outra pessoa. Enquanto essa energia está fluindo livremente, experimentamos paz, alegria, amor e saúde.


FORÇA VITAL

A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética. É a corrente animadora da vida e uma realidade fisiológica no corpo.

Através dos séculos, a força vital tem sido rotulada com diferentes nomes por muitos povos. Não se trata de uma descoberta recente.

Cristo a chamou "luz"; os russos, em suas pesquisas psíquicas, chamaram-na energia "bioplásmica"; Wilhelm Reich referiu-se a ela como "energia orgone"; os jogues da Índia Oriental chamam-na de "pran" ou "prana"; Reichenbach falou dela como "força ódica"; para os Kaunas, ela é "mana"; Paracelso chamou-a "munia"; o termo comum chinês é "chi" ou "ki"; manuscritos alquimistas falam de "fluido vital"; Eeman descreveu-a como "força x"; Bruner chamou-a energia "biocósmica"; Hipócrates chamou-a "vis medicatrix naturae" (força vital da natureza).


Ela também tem outros nomes, como bioenergia, energia cósmica, força vital, éter do espaço, etc. E é certo de que há inúmeros outros. Para simplificar, a ela como força vital, ou simplesmente “a energia”.

A força vital flui através do corpo como se estivesse seguindo um sistema circulatório invisível, carregando toda célula no seu caminho. Esta corrente de energia pode tornar-se enfraquecida e parcialmente bloqueada devido ao cansaço.

No equilíbrio de energia através da polaridade, as técnicas de toque físico e não-físico são usadas para mandar energia através de todo o organismo para abrir os pontos bloqueados. Isto restabelece o fluir natural e o alinhamento da força vital através do corpo.

Energia é energia. Não há energia má - somente energia bem dirigida ou mal dirigida. A polaridade direciona a força vital ao longo do seu caminho natural para diluir os "nós" de energia causados por excessos emocionais e físicos. A polaridade é, pois, um relaxamento curador em todos os níveis.

Saravá.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Guardiões na Umbanda

guardião


GUARDIÕES

Uma energia da natureza. Ser elementar e Guardião das fronteiras que separa o mundo inferior do superior. Polícia de choque que persegue, prende e leva para os campos de orientação espiritual os espíritos perversos, que semeiam a discórdia, o ódio e a vingança entre os homens. Elo entre o ser humano e os Guias maiores, é ele que leva seus pedidos até eles, e cumpre severamente suas determinações.

Guardião não é mal, ele é justo, fazendo cumprir a Lei Divina de "ação e reação" ou "Lei do retorno".

O ser humano tem consciência do que é certo e do que é errado, mas age em desacordo com as Leis Divinas que, em um de seus mandamentos diz "Ama teu próximo, como a ti mesmo".

O homem não cumpre esta Lei, age por impulso e consciente do que faz, semeia a tristeza e a dor nos corações inocentes, direcionando esta energia somente para a maldade, esquecendo-se que existe no Universo a Lei que chamamos de "Lei do Retorno".

Muitos trabalham com entidades trevosas, que, ludibriando médiuns desesperados e despreparados, se passam por Guardiões e praticam todos os tipos de atrocidades. As pessoas que trabalham com tais seres não passam de "Adeptos do Mal", que cegos pelo egoísmo e pelo desejo do poder, seguem fielmente suas ordens, não sabendo eles que o submundo os espera. E grande vai ser a surpresa, quando se sentirem arrastados por estes habitantes das trevas.

Os seres a que me refiro acima, são Espíritos que ao longo de suas encarnações contraíram Karmas pesadíssimos, com a maldade que semearam e ainda semeiam. Conscientes dos seus erros se afundam nos poços fétidos dos Umbrais, arrastando consigo adeptos do mal que estarão sempre aos seus serviços, como se escravos fossem.

O verdadeiro Guardião possui grandes legiões de entidades que trabalha sob seu comando e, como ele, lutam para evoluir. São espíritos que já encarnaram, mas vivem ligados a matéria e, por isso, ainda sente algumas necessidades.

Quando pedimos a um Guardião para que o mesmo desmanche um trabalho de "Magia Negra" contra alguém, ele entrega este pedido aos espíritos que desmancham a Magia causadora do mal. 

Esses espíritos prendem as legiões que praticaram tal ato e as leva para o Guardião, que os envia para os campos de orientação espiritual. Assim, o Guardião evoluí e com ele as entidades que trabalham para o bem. 

Dia chegará em que não mais precisarão de tais trabalhos, porque passarão para uma nova etapa da evolução espiritual.

O Guardião está num estágio de evolução a que se submete as Leis Divinas, no qual é incumbido de cobrar ou resgatar os débitos de seres que estão na terra e dos que já estiveram na condição humana, a fim de alcançar no fim deste estágio um novo grau evolutivo dado por Deus aos seres do Universo.

Se a humanidade varresse do Planeta a maldade que ela mesma semeou, e ainda semeia, o Guardião certamente iria para outros mundos cumprir sua missão, que é a de cobrar de cada ser do Universo e do mundo espiritual a maldade praticada que sempre se transforma em Karma. Mas o homem ainda não amadureceu para esta verdade.

Um Guardião é protetor. Guardião (origem africana) é o símbolo da fecundação e desenvolvimento. Carinhosamente tratado como "Compadre", amigo íntimo e sempre presente para defender seu protegido.

Não se pode de forma alguma relacionar os espíritos obsessores aos Guardiões, que realmente existem e viveram encarnados na Terra.

Não se pode confundir de forma alguma os Guardiões com o "Diabo", "Satanás", "Capeta"..., os quais não existem e foram criados por outras religiões.


Os Guardiões são orientados por Guias (Caboclos e Pretos Velhos) e trabalham como intermediários entre os Guias Maiores e os homens em missão do bem para a humanidade. Formam numerosas falanges, todas lideradas por grandes chefes agindo no nosso mundo.

São criaturas como nós, já tendo encarnado e desencarnado na Terra por muitas vezes. Muitos exerceram aqui no mundo os mais altos postos e posições, por seu saber e inteligência, ou mesmos, os postos mais humildes e sem instrução e conhecimento algum , onde cometeram grandes males, provocaram guerras, mas hoje, no espaço, esses sofredores orientados, buscam se regenerar.

Por suas condições, os Guardiões são “usados”, digamos assim, pelos guias maiores para levar a justiça onde for preciso, dai atuarem também no "terreno do mal", no sentido exceto da palavra, pois é a justiça do alto em ação, funcionando contra os perversos, os injustos, os desonestos, enfim.

Quando são bem recebidos, amados e respeitados, pelas suas vibrações poderosas, eles realizam trabalhos maravilhosos de curas, dão conselhos edificantes, praticam enfim o bem, semeando o eterno amor. São sublimes as suas realizações e sua atuação dentro da Umbanda prestando caridade, isso é constante.

O clima que eles criam, de puras e sadias vibrações, beneficiam a todos os presentes, proporcionando-lhes alegria e contentamento. Infelizmente, devido à cobiça ou a ignorância de muitos que os conhecem mal, chegam a considerá-los maus, interesseiros e vingativos.

As pessoas que andam certas na vida não devem temê-los, porque eles são justos e mesmos que essas pessoas desconheçam, serão protegidas por eles. Já os maus intencionados, os corruptos, os perversos, os interesseiros, os malfeitores... esses devem se preocupar, eis que estarão na mira da "Lei do Retorno" ou da "Lei da Ação e Reação".

Tal como nós, também um dia penetrarão na senda do amor, onde milhares deles já se encontram marchando rumo à perfeição, pois como tudo na natureza, na criação Divina, também estão sujeitos a eterna Lei da evolução, que conduz a felicidade eterna e verdadeira.

O Guardião é quem orienta os trabalhos práticos, abrindo as cerimônias, sentinela e protetor do Centro. Os trabalhos dos Compadres, suas provas assombrosas de força e poder, suas curas maravilhosas nas enfermidades dadas por incuráveis, nos mostra sua beleza de intenção.

Toda pessoa tem o Guardião particular, responsável pela força necessária ao seu desenvolvimento.

O vermelho e o negro são suas cores representativas. O negro representa todo o culto em potência, sem diferenciação, sendo o primeiro elemento que dinamiza o culto e permite que ele se manifeste. Por coincidência, ou não, no espectro visível do olho humano, vermelho é a vibração de menor frequência, abaixo do nível da qual tudo é negro, ausência de luz.

Sendo o senhor dos limites, inclusive no horário, seu momento mais próprio não poderia ser outro senão a fronteira entre os dias, isto é, a meia-noite.

Existem Guardiões da terra, do fogo, da água e do ar, bem como, nas combinações desses elementos e nos estados de transição entre eles, incluindo os cemitérios. Tem a encruzilhada em "X" como seu local de força, por ser dominador de todos os caminhos.

Através do tempo, o Guardião poderá atingir graus de evolução espiritual enormes, de tal forma que poderão passar a integrar as falanges dos Caboclos e dos Pretos Velhos, praticando somente o bem, pelo simples prazer de praticá-los, porém não mais como Guardião, mas sim como Caboclos ou Pretos Velhos.

Laroyê a todos os Guardiões de Umbanda! Saravá!

Obsessores – Uma Batalha de Luz e Trevas

mal x bem


    Existe uma intensa atividade permeando o universo físico e o espiritual. Forças e energias espirituais influenciam a vida dos encarnados, muitas vezes de forma negativa, provocando comportamentos e atitudes negativas, criando uma atmosfera densa de ódio e desespero. Esses espíritos ligados aos vivos e distantes da grande Luz Divina, vivem só para isso. Estamos falando dos obsessores.
    
   Obsessão: substantivo feminino. 1 – Diacronismo: antigo. 2 – Suposta apresentação repetida do demônio ao espírito. 3 – Apego exagerado a um sentimento ou a uma idéia desarrazoada. 4 – Ação de molestar com pedidos insistentes; impertinência, perseguição, vexação.

   Se pudéssemos enxergar o mundo espiritual como vemos o universo físico, perceberíamos um grande número de espíritos passando por nós a todo instante : em nossas casas, no trabalho e nas mais diversas atividades,  tanto interagindo como atuando junto ao mundo dos encarnados.

   Na Terra, existe um sem-número de forças espirituais, e nem todas com “boas intenções”. Na verdade – segundo a literatura espírita obtida até os dias atuais por meio de psicografias, mensagens e contatos mediúnicos – o plano de evolução espiritual em que se encontra nosso planeta o leva a ser um local de expiação, no qual se concentra um grande número de espíritos vibrando nas baixas frequências.

     Esses espíritos vivem imersos em correntes energéticas e emocionais de ódio, raiva, egoísmo, amor não-correspondido, entre outras emoções, e estão de tal forma presos ao plano físico que muitos acreditam ainda estar em seus corpos carnais. Assim, vivem próximos das pessoas com as quais um dia conviveram,  afastando-se dos planos espirituais mais elevados e atrasando sua reencarnação.

    Entre esses espíritos, ainda existem aqueles que têm a consciência de que estão mortos e que não habitam mais um corpo físico; mas como ainda estão presos às vibrações mais baixas do mundo espiritual, realizam ações que visam prejudicar os vivos e atrapalhar ao máximo a vida e a evolução espiritual de suas vítimas encarnadas. Esses espíritos são os que chamamos de obsessores.

      A Obsessão Nasce

    Eles nascem de diversas formas. Sua sensibilidade à Luz Divina foi embrutecida pelo tempo e por sua natureza moral. Eles ficam estagnados num círculo vicioso e numa obstinação tão intensa que não é raro se esquecerem quando e por  que tudo começou.

    Na maioria das vezes, estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que não sabem mais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus, necessitando assim de toda ajuda que lhes possa ser fornecida.

    É fácil para nós imaginarmos o surgimento de tais obsessões pelo caminho do ódio. Afinal, sabemos do que os homens são capazes quando tomados pela raiva descontrolada; mas também surgem obsessões, até mais graves, em virtude do amor. O amor gera correntes que, unidas a outros sentimentos (egoísmo, apego, carência afetiva intensa, falta de auto-estima), podem produzir obsessões.

  A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande apego alimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande carência, e teremos um espírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos entes queridos.

  Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em algumas oportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até mesmo pode ser uma entidade que ainda quer manter o apego que tinha em vida, agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo de sentimentos que demonstrava quando o espírito estava encarnado.

     De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua presença e auxílio.

    A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos, mas que inevitavelmente levam à degradação física e moral do obsedado, o que, por fim, pode levar à “vitória” do espírito obsessor. Entre as formas conhecidas de obsessão, vamos a seguir analisar as maneiras de ataque.

      O Ataque das Trevas

   Partindo do que observamos até o momento, percebemos que as obsessões são as ações que influenciam os vivos, estimulando reações e semeando a discórdia e o ódio, nascido da força exercida pelos espíritos inferiores. Eles influenciam maleficamente, como os demônios das histórias bíblicas, e assim como ocorre nessas histórias, as formas do obsessor atuar também são sutis e intangíveis, e só após muito tempo é que se tornam evidentes. Mas podemos dividi-las da seguinte forma:


      Obsessão Simples

    O espírito obsesso por meio da sua vontade, motivado pelos mais diversos sentimentos, exerce uma persistência férrea, tenaz, influenciando em todas as áreas da vida de sua vítima, provocando a ira de pessoas próximas, atrapalhando seus relacionamentos, atuando por meio de sugestões de pensamento que vão contra a forma habitual da vítima agir.

   Na maior parte das vezes, com o auxílio da auto-análise e do bom-senso, a vítima afasta esses pensamentos “ruins” e retoma o controle da sua vida. E quando esse tipo de ataque é detectado, cabe ao obsedado confiar no caminho espiritual e fazer sua vida um exemplo de luz e de dedicação pessoal, pois dessa forma afasta a chance de novos ataques. Procurando praticar o bem, ele estará pautando sua vida de acordo com os ditames dos grandes mestres e livrando-se da ação do obsessor.


       Fascinação

     Esse tipo de obsessão é das mais difíceis de quebrar, isso porque a vítima não acredita que está sob efeito de qualquer força negativa. Na verdade, algumas vezes, ela julga que é a única que não está obsedada, enquanto todos à sua volta estariam.

   Nesse caso, o espírito obsessor vai se inserindo discretamente e ganhando espaço na vida do obsedado; como uma planta daninha, vai se enraizando, plantando desconfianças e medos, manias e desejos, até o ponto em que se instala definitivamente. A pessoa estará de tal forma envolvida que quase se forma uma simbiose psíquica que, caso se concretize, tornará ainda mais complexa a situação.

    Nesse caso, o bom senso e a autocrítica se esvaem e a pessoa precisa de uma intensa ajuda espiritual, do mais alto nível, para superar o assédio dessa força maligna. Às vezes, a obsessão leva a delírios nos quais o obsedado acredita ser uma pessoa com uma “missão divina”, e pode até perder a razão, tornando-se um esquizofrênico, afastando-se do convívio social e, com o tempo, precisando de ajuda psiquiátrica.


       Subjugação

    É uma forma de obsessão na qual a vítima encarnada está sob domínio completo de uma força desencarnada. Quando esse tipo de obsessão ocorre, vemos a pessoa apática como se estivesse sonâmbula, tendo vontades que estão em desacordo com sua personalidade, e até afastando pessoas próximas que a critiquem ou que questionem suas “novas” atitudes.

     O espírito obsessor não toma o lugar do espírito encarnado no corpo do obsedado. O que ocorre é uma supressão da vontade da vítima, por meio da supremacia da vontade do obsessor. Embora seja facilmente detectável, a sua cura exige uma mudança vibracional no obsedado, o que envolve uma grande disciplina moral e a aproximação aos ensinamentos e dogmas da Doutrina Espírita, de forma que leve o espírito obsessor a compreender sua falta e buscar o caminho da Luz Divina.


       Auto-Obsessão

     Mas ainda existem aqueles que, mesmo desencarnados, estão obsedados; e o pior, por eles mesmos. Tais espíritos acreditam serem pessoas sem valor e não se perdoam pelos “erros” que acreditam terem cometido em vida.

     Eles acham que jamais poderão receber a Luz Divina e reingressar na via reencarnatória, pois estão presos a uma neurose espiritual tão intensa que os cega a tudo à sua volta. Em grande parte das vezes, infligem a si mesmos os mais diversos castigos e, mesmo quando recebem a ajuda de outros espíritos e das almas iluminadas, eles argumentam que seus crimes são imperdoáveis e anseiam por “castigos” que possam “purificá-los”. Vivem acreditando que são indignos de qualquer perdão.


        Mas a Luz Cura

    Não existe como tratar a obsessão sem o apoio e o interesse de todas as pessoas envolvidas no caso. 
    É necessário o envolvimento espiritual e pessoal para que tanto o obsessor quanto o obsedado se vejam livres das amarras que os prendem, de forma a alcançarem a luz e a liberdade.

      Como a obsessão é um processo com profundas raízes espirituais, é preciso tomar cuidado e não agir solitariamente para debelar o problema. É sempre necessária a presença de um grupo considerável de médiuns, e o tratamento deve ser feito de preferência em um centro espírita ou outro local especializado nas práticas de curas espirituais.

     A reunião para tratar tais casos tem características específicas, pois todos os esforços devem ser coordenados e deve-se agir com um grande senso de solidariedade e compaixão. Antes de começar o trabalho, é necessário definir o foco que será seguido, e todos deverão exercitar sua força de vontade de forma a que formem um só feixe de energia e de Luz Divina. O obsedado deverá ser assistido com práticas espirituais diárias, que sejam instrutivas e que lhe dêem um forte alicerce. Além disso, deverá praticar atos sadios e desenvolver novamente a sua força de vontade, quebrando as amarras e correntes que foram forjadas no universo espiritual.

    A prece, mesmo que seja uma oração pessoal e singela, é de grande valor na prática da cura da obsessão. Ela deve ser acompanhada por meditações e pelo aprofundamento da vítima nos assuntos espirituais, pois isso lhe dará os recursos necessários para ir além e renascer para uma vida plena e livre das vontades obsessoras.

      Deve ser dada igualmente uma especial atenção ao ambiente e ao lar do obsedado, o qual deve ser limpo das manifestações dos espíritos baixos, pois eles se manifestam com mais facilidade em ambientes sujos, malcuidados e com grande quantidade de energia negativa estagnada. Para melhorar esses ambientes é preciso  livrar-se de plantas velhas e doentes, de coisas quebradas, e deixar o ar ventilar em todos os cômodos, além de sempre fazer orações e preces em todos os locais da casa onde se sinta a presença de forças obsessoras.

       A família é uma grande chave para a cura da obsessão. É ela que torna possível a recuperação do obsedado, que fortalece a vítima por meio da infinita energia do amor e lhe dá a chance de recuperar o controle sobre sua vida. Recomenda-se a todos seguirem a prática espiritual da prece e a leitura de material espiritual inspirador. 

     Dessa forma, cria-se uma corrente fluídica positiva em torno de todos, gerando a elevação da freqüência vibracional dos espíritos em volta das pessoas que estão imersas na situação; assim, elas recebem cada vez mais força e energia desses espíritos iluminados, gerando um círculo virtuoso e próspero de amor e luz.

        O processo obsessivo possui sempre raízes profundas, e a melhora do estado obsessivo varia em cada caso. Algumas vezes, não notamos sinais de melhora, pois cremos que tudo deve ser instantâneo, como se fosse um remédio engolido às pressas para uma dor de cabeça. Depois, quando se vê que a cura demandará semanas, e não dias,  abandonam-se as práticas e surge a descrença quanto à eficácia da cura, buscando outros recursos para se ver livre do obsessor. Mas, não raro, tais caminhos apenas levam a mais dor e problemas.

      A perseverança é a ferramenta principal para a libertação do obsedado, e ela é necessária para seguir o tratamento e atingir os objetivos e metas da plenitude, da paz e da liberdade. A Bondade Divina atende a todos mediante o empenho de cada pessoa, que e ela comunica ao universo, por meio de suas ações e dedicação, os caminhos e “atalhos” que lhe surgem à frente.

    Além do que vimos anteriormente, existe uma ferramenta que é um dos recursos heróicos no combate à obsessão: é a chamada sessão de desobsessão. Essa  sessão deve ser usada em casos extremos, quando tudo já foi tentado sem resultado e, pelos caminhos da humildade e da fé, mostra-se necessário ajudar alguém que sofre de tal mal.

     Para tal é necessária a presença de um grupo de médiuns seguros, que exercitem a doutrina em todos os instantes de sua vida. Para o sucesso da sessão é preciso a tutela de um orientador que possua grande autoridade e uma intensa força de vontade, inabalável crença na Força Divina, a fim de se dirigir aos espíritos obsessores. 

      Ele deve ser conhecedor do assunto, com prática e facilidade para expor a doutrina, e suas ações devem sempre ser o reflexo de suas palavras, não agindo com hipocrisia e tampouco se deixando levar pelo orgulho, pois ambas se tornam fissuras que prejudicam o trabalho espiritual da desobsessão.

      Durante a sessão, ele deve agir procurando orientar, ensinar e esclarecer o obsessor quanto aos males que está praticando.  Enquanto isso, todos os médiuns deverão se unir em um só coro espiritual de luz e oração.

      Nessas reuniões – que devem ser feitas com um extremo cuidado e com preparo  consciente por parte de todos – o obsedado não deverá estar presente, ficando em sua casa em meio a  preces, leituras ou meditação, para auxiliar o trabalho. E a sessão deverá ser repetida ou retomada enquanto for necessário.

      Concluída a conversão do obsessor, o ex-obsedado deve ser esclarecido quanto à necessidade de modificar os padrões de vida que o levaram àquela situação. Deve ser dito a ele tudo o que fez e que provocou tamanho caos. Não devemos poupar a pessoa, seja por sua sensibilidade ou por questões pessoais, pois assim estaríamos impedindo-a de crescer e evoluir espiritualmente.

    Para   evitar uma recaída, ele também deverá manter a disciplina desenvolvida durante a desobsessão, reforçando as suas defesas morais e espirituais, não deixando de tomar cuidado com suas ações e palavras, a fim de enriquecer sua vida espiritual e deixar as baixas vibrações para trás.


Saravá.